O ditador fascista, Miklós Horthy, que governou a Hungria entre 1920 e 1944, tem vindo a ser reabilitado pela extrema-direita do partido Jobbik, com o apoio efectivo dos conservadores do Fidesz.

Como relata o correspondente do El País (13.06), o ditador, que se aliou a Hitler na ânsia de reconstituir a Grande Hungria e foi responsável pela deportação de 450 mil judeus húngaros para o campo da morte de Auschwitz, é hoje apresentado como um «grande estadista» e a sua figura lembrada em vários locais públicos.

Recentemente, uma estátua em sua honra foi erguida na aldeia de Kereki. Em finais de Maio, foi inaugurada uma placa comemorativa numa universidade de Drebecen, a segunda cidade da Hungria. E em Gyömrő, concelho da área metropolitana de Budapeste, foi atribuído o nome do ditador a uma praça da localidade.

Também o nome do escritor nazi, Joszif Nyiró, membro do partido Cruz de Flechas, é alvo de homenagens póstumas, desta vez protagonizadas pelo presidente do parlamento húngaro, László Kövér. O partido Jobbik propôs no parlamento fazer de 2013 o ano de Horthy.